Sempre presente nos aniversários e casamentos, as balas de coco pedem doceiros atentos ao ponto e com boa dose de força física.

A origem da receita, segundo a historiadora Eliane Morelli, do Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência da Universidade de Campinas (Unicamp), nos leva ao alfenim, massa à base de açúcar, água e vinagre, modelada nos mais variados formatos, criada pelos árabes na Idade Média e incorporada à cultura portuguesa – uma tradição até hoje cultuada na cidade de Pirenópolis, em Goiás. “Nos cadernos de senhoras da elite campineira paulista, do período entre 1860 e 1940, encontramos menção aos alfenins”, explica Eliane. “As receitas ganharam acréscimo de outros ingredientes, como coco, amêndoas e café, e se transformaram na bala de coco que conhecemos hoje.” No livro Dona Benta, um clássico editado originalmente em 1940, as balas ainda aparecem com o nome antigo: alfenins de coco.